Ontem tentei fazer um ensaio sensual da minha cobaia modelo Katarine Feitosa. A gente tinha conversado antes, planejado estilos para as sessões, o figurino, a atmosfera toda, mas na hora de concretizar foi tudo meio improvisado mesmo.
Muito improvisado. Todo cheio de inexperiência e manobras perigosas (literalmente. eu quase levei altos tombos tentando fazer algumas das fotos). Por um momento eu comecei a me sentir frustrada, sabe? Não planejei iluminação, tive que botar no foco automático algumas vezes porque minha lente (a do olho mesmo, não a da câmera) ficava ressecando, não tinha planejado cenário, maquiagem, os detalhes todos. Me senti a maior noob (como se eu não fosse né ahuehuae). Mas aí depois eu fui vendo as fotos prontas, vendo que tinham ficado melhores do que eu achava que fossem ficar, vendo a beleza de tudo e o propósito todo do ensaio tomando forma! E aí eu fiquei contente. Porque quando eu tava lá suando, buscando poses e ângulos, eu tava pensando no momento ali, deixando o cansaço frustrar minha cabeça. Mas aí o resultado final veio e eu fiquei satisfeita. Quando a modelo disse que amou as fotos e tava se sentindo super bem, que eu vi a auto-estima dela lá em cima, me senti mais satisfeita ainda!
Objetivos alcançados! Fizemos esse ensaio para mostrar que beleza é um estado de espírito, não tem tamanho, cor, forma, padrão certos. A beleza está nos olhos de quem vê e no coração de quem sente. E conseguimos sentir, nós duas, a beleza das fotos. Saber que Katarine está satisfeita e se sentindo bem com a imagem dela me deixa infinitamente feliz! Porque para mim um dos propósitos da fotografia é permitir que a pessoa seja tudo aquilo que ela sonha em ser. Mostrar o eu interior, ou um personagem de ficção, ou até criado por ela mesma. Sem quem ela quiser, se sentir da forma que ela quiser. Fotografia é uma realização pessoal para quem faz, dos dois lados.
E eu estou me sentindo completamente realizada!
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